quinta-feira, 31 de março de 2016
Art
Nouveau (Antoni Gualdí)
*Art Nouveau, ou “Arte Nova” em português, é um estilo
artístico que surgiu na França na década de 1890. Espalhou-se pela Europa,
Estados Unidos e outros países do mundo, inclusive chegando ao Brasil. Este
estilo artístico atingiu vários setores artísticos como, por exemplo, design,
arquitetura, artes decorativas, artes gráficas e criação de móveis (arte
mobiliária). Este estilo artístico prevaleceu em destaque no mundo das artes
até o final da década de 1920.
Características
principais:
* Utilização de materiais como, por exemplo,
vidro, madeira e cimento.
*- Relação com a produção industrial em série.
*- Uso dos conhecimentos físicos e matemáticos.
*- Valorização da lógica e do conhecimento racional.
*- No âmbito social, a art nouveau está
muito ligada ao desenvolvimento da burguesia industrial.
*Oposição ao movimento romântico e à valorização das
expressões sentimentais nas artes.
*- Busca da massificação das artes plásticas através da
valorização dos processos industriais.
*- Valorização de temas ligados à natureza (plantas,
flores, árvores e animais), retratados com linhas em movimento, dando valor às
formas.
*- A figura feminina (imagens de mulheres) é muito
retratada nas pinturas e ilustrações.
*- Uso de arabescos em ilustrações.
*- Uso de cores com tonalidades frias nas pinturas.
Primavera
(1896) - pintura do ilustrador checo Alfons
Maria Mucha
A
Art
Nouveau no Brasil
*As influências artísticas da Art Nouveu chegaram ao
Brasil no começo do século XX. Este estilo artístico penetrou no Brasil,
principalmente na pintura decorativa e na arquitetura. Inclusive, houve
influência, embora pouco expressiva, da art nouveau no movimento modernista brasileiro. Estas
influências aparecem, principalmente, nas obras de John Graz (artista
decorador) e Antonio Gomide
(pintor e desenhista).
Artistas
importantes da Art
Nouveu:
*Victor Horta - projetista e arquiteto belga
*- Ferdinand Hodler – pintor suíço
*- Emile Gallé – designer e artesão francês.
*- Alfons Maria Mucha - designer e ilustrador checo.
*- August Endell – arquiteto alemão
*- Jan Toorop – pintor holandês
* Hector Guimard – arquiteto e desenhista industrial francês
*- Antoni Gaudí – arquiteto espanhol.
*- Henry van de Velde – projetista, designer e arquiteto belga.
*- Gustav Klimt – pintor e desenhista austríaco
*- Joseph Olbrich – arquiteto austríaco
*- Les Vingt – pintor belga
*- Emilie Flöge – designer austríaca
Você
sabia?
*A maior igreja construída em estilo art-nouveau do
mundo é o Templo Expiatório da Sagrada Família, localizado em Barcelona
(Espanha). Patrimônio Mundial da Unesco, ela foi projetada pelo arquiteto Antoni Gaudí. Ainda em
construção, ela tem atualmente 107 metros de altura. Deverá ser finalizada em
2027, quando chegará a 170 metros.
Antoni Gaudí
Antoni Gaudí
¨Apesar de ter nascido na pequena cidade
de Reus, o
arquiteto Antoni Gaudí i Cornet é
considerado o filho mais ilustre da região catalã, pois foi em Barcelona que
deixou a maioria de suas obras.
¨ Gaudí
nasceu em 25 de Junho de 1852 e viveu durante o apogeu do Modernismo, movimento
artístico espanhol correspondente ao art nouveau francês.
¨Desde criança sofria de reumatismo que o
acompanhou durante toda sua vida. Essa doença o impedia de participar de muitas
brincadeiras com outras crianças de sua idade, por esse motivo, passava muitas
horas de seu tempo livre observando animais e plantas, o que lhe fez adquirir
um censo muito aguçado sobre os princípios do naturalismo. A esse respeito, Gaudí
escreveu: “A linha reta é uma invenção do homem. A natureza não nos apresenta
nenhum objeto monotonamente uniforme”.
¨ Apesar
das formas orgânicas terem sido sua maior fonte de inspiração, Gaudí
também buscou estímulos na arte gótica, nos livros medievais e na arte árabe.
As primeiras obras de Gaudí são
as mais influenciadas pelo estilo mourisco, sendo o mosaico um elemento
bastante freqüente na
decoração de ambientes internos e fachadas.
Obras
Podemos admirar o colorido da
fachada de tijolos e azulejos do primeiro edifício de Gaudí.
Possuindo as mesmas características das
obras anteriores, nesta pequena construção podemos ainda perceber os traços da
arquitetura mourisca, no entanto a decoração da fachada é mais sóbria e
uniforme.
Ao contrário das obras anteriormente citadas, nesta a iluminação é tratada de forma diferente. A luz entra por cima, através de aberturas dispostas em torno dos mirantes que brotam do alto do telhado.
Ao contrário das obras anteriormente citadas, nesta a iluminação é tratada de forma diferente. A luz entra por cima, através de aberturas dispostas em torno dos mirantes que brotam do alto do telhado.
Fontes
terça-feira, 29 de março de 2016
Stravinsky: suite No. 2 for small orchestra (Andreas Weiss, Conductor)
https://www.youtube.com/watch?v=ynSwsfuynNo
Igor Stravinsky - Persephone (1933-34) #1 - Cuadro I - El rapto de Perse...
https://www.youtube.com/watch?v=NcaECaqhYeI
segunda-feira, 28 de março de 2016
VII Recital De Poesía LA PUERTA DE LOS VIENTOS. José Antonio García Moya
https://www.youtube.com/watch?v=0kwVZf71Xvk
quarta-feira, 23 de março de 2016
Modernismo
(Regionais: Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres e Vicente do Rego Monteiro)
{Nacionais: Anita Malfatti e Portinari}
[Universais: Kandinsky, Braque, Stravinsky, LeCorbusier e Man Ray]
Cicero Dias
{Nacionais: Anita Malfatti e Portinari}
[Universais: Kandinsky, Braque, Stravinsky, LeCorbusier e Man Ray]
O modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.
No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. No entanto, devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do movimento de 1922. As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; e no ano de 1917, a pintora Anita Malfatti , recém-chegada da Europa, provoca uma renovação artística com a exposição de seus quadros. A este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha,Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos; nesse período ainda podemos notar certa influência de movimentos anteriores como realismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.
A partir de 1922, com a Semana de Arte Moderna tem início o que chamamos de Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), esta fase caracteriza-se por um maior compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.), na literatura há a criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a Liberdade Formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.
Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ouFase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.
Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos consideram a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as fontes utilizadas para a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do Modernismo o período compreendido entre 1945 e 1960 e como Tendências Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje. Nesta terceira fase, a prosa dá sequência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.
Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:
Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;
Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz,Jorge de Lima, José Lins do Rego, Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Jorge Amado, Érico Veríssimo;
Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;
Escultura: Victor Brecheret;
Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;
Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;
Cicero Dias
Biografia
¢Cicero
dos Santos Dias (Escada PE 1907 - Paris França 2003). Pintor, gravador,
desenhista, ilustrador, cenógrafo e professor. Inicia estudos de
desenho em sua terra natal. Em 1920, muda-se para o Rio de Janeiro, onde
matricula-se, em 1925, nos cursos de arquitetura e pintura da Escola Nacional
de Belas Artes - Enba, mas não os conclui. Entra em contato com o grupo
modernista e, em 1929, colabora com a Revista
de Antropofagia. Em 1931, no Salão
Revolucionário, na Enba, expõe o polêmico painel, tanto
por sua dimensão quanto pela temática, Eu
Vi o Mundo... Ele Começava no Recife. A
partir de 1932, no Recife, leciona desenho em seu ateliê. Ilustra, em
1933, Casa Grande & Senzala,
de Gilberto Freyre (1900- 1987). Em 1937, é preso no Recife quando da
decretação do Estado Novo.
¢A
seguir, incentivado por Di
Cavalcanti, viaja para Paris onde conhece Georges
Braque, Henri Matisse, Fernand Léger e Pablo Picasso, de quem se torna amigo.
Em 1942, é preso pelos nazistas e enviado a Baden-Baden, na Alemanha. Entre
1943 e 1945, vive em Lisboa como Adido Cultural da Embaixada do Brasil. Retorna
a Paris onde integra o grupo abstrato Espace. Em 1948, realiza o mural do
edifício da Secretaria das Finanças do Estado de Pernambuco, considerado o
primeiro trabalho abstrato do gênero na América Latina. Em 1965, é homenageado
com sala especial na Bienal Internacional de São
Paulo. Inaugura, em 1991, painel de 20 metros
na Estação Brigadeiro do Metrô de São Paulo. No Rio de Janeiro, é inaugurada a
Sala Cicero Dias no Museu Nacional de Belas Artes -
MNBA. Recebe do governo francês a Ordem
Nacional do Mérito da França, em 1998, aos 91 anos.
Comentário
crítico
¢Cicero
Dias inicia a carreira artistica na década de 1920, quando estão sendo
introduzidas as tendências de vanguarda no Brasil. Liga-se aos intelectuais do
movimento regionalista de 1926, que ocorre no Recife, em resposta à Semana
de Arte Moderna de 22. No começo, ele produz principalmente aquarelas, nas
quais representa um universo de sonhos, inquietante. Os personagens, em escala
diferente das paisagens, e também os objetos apresentam muita leveza,
freqüentemente flutuam, como, por exemplo, em O Sono, 1928, O Sonho da Prostituta, 1930
e Mulher Nadando, 1930.
São imagens que evocam o mundo do inconsciente, nas quais o erotismo é
freqüente. Estas são representadas com grande delicadeza no desenho e em uma
gama cromática muito rica. Na opinião do crítico Antonio Bento, sua obra
relaciona-se ao surrealismo e também a um imaginário fantástico nordestino, em
que mitos e fábulas estão presentes nas manifestações artísticas e na
literatura de cordel.
O livro "Vers une Architecture"
¢O
grande painel Eu Vi o Mundo... Ele Começava no
Recife é exposto em 1931, no Salão
Revolucionário, do qual participam artistas de vanguarda. A obra apresenta uma
série de pequenas cenas, nas quais retoma o universo presente nas aquarelas. O
painel causa impacto pelo porte e pela concepção, impregnada de forças
misteriosas do inconsciente e é a obra mais destacada do artista, antes de sua
viagem para a França. Cicero Dias viaja para Paris em 1937, obtendo um cargo no
Escritório Comercial, junto a Embaixada do Brasil. Na cidade, aproxima-se
de Di
Cavalcanti, trava contato com o pintores
franceses Georges Braque, Fernand Léger e Henri Matisse, e torna-se amigo do
pintor espanhol Pablo Picasso. O tema e a técnica de seus quadros continuam
ligados a Pernambuco, o artista mantém a luz e a cor de suas paisagens, como
em Mulher na Janela, 1939.
¢Na
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), embora não estivesse mais trabalhando na
Embaixada do Brasil, Cicero Dias integra o grupo de brasileiros que são presos
e confinados na cidade de Baden-Baden, na Alemanha e seriam trocados por
prisioneiros alemães. Entre os companheiros do pintor está o escritor Guimarães
Rosa. Após negociações entre os dois países, o grupo de diplomatas e
funcionários do governo brasileiro é libertado, seis meses depois, em Portugal,
em 1942. Dias volta para a França, clandestinamente, vivendo por algum tempo
num pequeno quarto de hotel, na cidade de Vichy. Mantém correspondência com
amigos, entre eles Picasso e o poeta surrealista Paul Éluard. Com Éluard, vive
um dos episódios mais comentados de sua biografia: quando retorna da França
para Portugal, acompanhado de sua noiva, traz consigo o poema Liberté, de
Paul Éluard. O poema, exaltando a liberdade, é enviado por Cicero para Londres,
onde é impresso e espalhado por toda a França ocupada, em vôos da Força Aérea
Inglesa.
liberdade
Paul Eluard
Paul Eluard
¢Em
meus cadernos escolares
na minha mesa e árvores
na areia na neve
eu escrevo o seu nome
na minha mesa e árvores
na areia na neve
eu escrevo o seu nome
¢Em
todas as páginas ler
todas as páginas em branco
Blood Stone papel ou cinzas
Eu escrevo o seu nome
todas as páginas em branco
Blood Stone papel ou cinzas
Eu escrevo o seu nome
¢A
imagem de ouro
nas armas dos guerreiros
na coroa dos reis
Eu escrevo o seu nome
nas armas dos guerreiros
na coroa dos reis
Eu escrevo o seu nome
¢Selva
e deserto
nos ninhos sobre a vassoura
sobre o eco da minha infância
eu escrevo o seu nome
nos ninhos sobre a vassoura
sobre o eco da minha infância
eu escrevo o seu nome
¢Sobre
as maravilhas da noite
sobre o pão branco de dias
sobre noivas temporadas
I escrever o seu nome
sobre o pão branco de dias
sobre noivas temporadas
I escrever o seu nome
¢Em
meus trapos azuis
no sol da lagoa de mofo
na lua viva lago
I escrever o seu nome
no sol da lagoa de mofo
na lua viva lago
I escrever o seu nome
¢Em
campos no horizonte
nas asas de aves
e da fábrica de sombras
eu escrevo o seu nome
nas asas de aves
e da fábrica de sombras
eu escrevo o seu nome
¢Cada
suspiro do amanhecer
no mar em barcos
na montanha demente
eu escrevo o seu nome
no mar em barcos
na montanha demente
eu escrevo o seu nome
¢Sobre
as nuvens de espuma
sobre o suor da tempestade
sobre a chuva desvanece-se grosso e
eu escrevo o seu nome
sobre o suor da tempestade
sobre a chuva desvanece-se grosso e
eu escrevo o seu nome
¢Em
formas brilhantes
nas cores dos sinos
na verdade física
I escrever o seu nome
nas cores dos sinos
na verdade física
I escrever o seu nome
¢Ao
acordar caminhos
nas rotas implantados
em lugares transbordando
I escrever o seu nome
nas rotas implantados
em lugares transbordando
I escrever o seu nome
¢A
luz que se transforma
na lâmpada sair
em minhas casas combinadas
eu escrevo o seu nome
na lâmpada sair
em minhas casas combinadas
eu escrevo o seu nome
¢O
fruto metade
do espelho e meu quarto
na minha cama concha vazia
Eu escrevo o seu nome
do espelho e meu quarto
na minha cama concha vazia
Eu escrevo o seu nome
¢Em
meu cão ganancioso e suave
nas orelhas erigir
em sua pata desajeitado
eu escrevo o seu nome
nas orelhas erigir
em sua pata desajeitado
eu escrevo o seu nome
¢No
trampolim de minha porta
em objetos familiares
sobre o fluxo de luz abençoada
que eu escrever o seu nome
em objetos familiares
sobre o fluxo de luz abençoada
que eu escrever o seu nome
¢Em
toda a carne concedido
na frente dos meus amigos
em cada mão estendida
I escrever o seu nome
na frente dos meus amigos
em cada mão estendida
I escrever o seu nome
¢Surpresas
no vidro
nos lábios atentos
alta acima do silêncio
Eu escrevo o seu nome
nos lábios atentos
alta acima do silêncio
Eu escrevo o seu nome
¢Em
meus abrigos destruídos
meus faróis colapso
nas paredes do meu tédio
eu escrevo o seu nome
meus faróis colapso
nas paredes do meu tédio
eu escrevo o seu nome
¢A
ausência sem desejo
na solidão nua
sobre as marchas da morte
eu escrevo o seu nome
na solidão nua
sobre as marchas da morte
eu escrevo o seu nome
¢Sobre
a saúde de volta
sobre o risco desapareceu
na esperança, sem memórias
I escrever o seu nome
sobre o risco desapareceu
na esperança, sem memórias
I escrever o seu nome
¢E
pelo poder de uma palavra
que eu estou começando minha vida
eu nasci para conhecê-lo
Para nomear a si mesmo
que eu estou começando minha vida
eu nasci para conhecê-lo
Para nomear a si mesmo
¢Liberdade.
¢Em
Portugal, a partir de 1943, inicia uma pesquisa comparativa entre a cultura
portuguesa e a brasileira, estuda arte popular, arquitetura, escultura e
pintura. Nessa época pinta quadros que têm por motivos elementos vegetais, comoGalo ou Abacaxi, 1940
ou Mamoeiro Dançarino, déc.1940
em que parte do gênero da natureza-morta, trabalhando com o ilusionismo, de
forma irônica. Outras obras revelam o impacto causado pelo quadro Guernica, de
Picasso:Mulher Sentada com Espelho, 1940
ou Duas Figuras, 1944.
Mamoeiro
Dançarino,1940
¢Na
década de 1940, produz obras que apresentam um diálogo entre o figurativo e a
abstração. Apesar do geometrismo, aparecem a vegetação, o canavial e o mar,
como em Mormaço, 1941
ou Praia, 1944.
Retorna à França em 1945 e integra o grupo abstrato Espace, da Escola de Paris,
até 1950. Pinta, em 1948, os primeiros murais abstratos da América Latina, para
o Conselho Econômico do Estado de Pernambuco, atual Secretaria da Fazenda, no
Recife. Neles, aproveita, como sempre, elementos da paisagem do Nordeste:
canavial, jangadas, o vermelho dos telhados, mas submetendo-os a um processo do
qual resultam formas simples e ricas de sugestões poéticas.
¢Após
1950, predominam os quadros abstratos, em que se destacam as formas fechadas,
retangulares ou tendendo à circularidade, e a preocupação com a luz e as
cores claras, em uma gama cromática evocativa da natureza nordestina, como
em Composição II, 1951.
Para o crítico Mário Carelli, o artista, na abstração, parte de um
"caminho vegetal", em que as formas geométricas refletem uma
cristalização perfeita, baseada em estruturas vegetais, como em Meridianos,1953
ou Relações Incertas, 1953.
Paralelamente aos quadros abstratos, realiza outros, de caráter lírico. Estes
apresentam, em sua maioria, figuras na paisagem, com rostos sutilmente
iluminados, realizados com cores suaves e uso especial do branco, de que
são exemplos Casal e Cena de Olinda, ambos
de 1950.
¢Volta
com maior intensidade à pintura figurativa na década de 1960. Permanecem em
seus quadros o clima de sonho e os elementos recorrentes: mulheres, casarios,
folhagens, sendo constante a presença do mar. Usa freqüentemente os rosas e
azuis. Em relação à fase figurativa do início da carreira, podemos dizer que a
gestualidade dos personagens é contida e há mais sensualidade que erotismo,
como ocorre em Barqueiro, 1980, Olinda e Recife ou Moça no Barco,ambos
da década de 1980.
Lula Cardoso Ayres
Biografia
Biografia
Luiz Gonzaga Cardoso Ayres (Recife PE
1910 - idem 1987). Pintor, fotógrafo, desenhista, ilustrador, muralista,
cenógrafo. Estuda desenho e pintura com Heinrich Moser, entre 1922 e 1924.
Viaja para Paris em 1925, visita a 1ª Exposição Internacional de Arte
Decorativa, frequenta museus e ateliês de pintores como Maurice Denis e entra
em contato com os movimentos artísticos modernos da Europa. Regressa ao Brasil
no ano seguinte. No Rio de Janeiro, estabelece ateliê no bairro de Laranjeiras,
frequenta informalmente a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, e tem
aulas de modelo vivo com Rodolfo Amoedo. No ateliê de Carlos Chambelland,
estuda desenho e pintura. Conhece Candido Portinari, de quem se torna amigo.
Profissionalmente, realiza cenários para teatro e atua como ilustrador e
caricaturista na revista Para Todos.
No
fim de 1932, volta a Pernambuco para ajudar a administrar a usina de açúcar da
família, e reside em Cucaú, interior do Estado, até 1944. Realiza incursões por
pequenos povoados da região e da observação dos costumes, festas, manifestações
artísticas populares resultam diversos desenhos e uma extensa produção
fotográfica. Interessa-se sobretudo pela cerâmica popular, que procura explorar
em sua produção plástica em telas e aquarelas. Em 1934, no 1º Congresso
Afro-Brasileiro do Recife, conhece o pintor Cicero Dias, o psiquiatra Ulysses
Pernambucano e o sociólogo Gilberto Freyre (1900- 1987), com quem mantém uma
forte ligação a partir de então. Os negócios da família sofrem grave crise em
1945, então Lula retorna ao Recife e procura alternativas para sustentar-se
economicamente. Executa painéis e murais em várias cidades brasileiras, entre
ele se destaca o elaborado para o Aeroporto dos Guararapes, no Recife, que
retrata a vida cotidiana e festiva nordestina e faz ilustrações para obras de
autores como Manuel Bandeira (1886 - 1968) e Ascenso Ferreira. Em 1947, funda
um curso de desenho para crianças. Como professor, atua na Escola de Belas
Artes do atual Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de
Pernambuco - UFPE.
No início da década de 1950, sua produção
volta-se para o abstracionismo. Participa das três primeiras Bienais de São
Paulo, entre 1951 e 1955. Em 1960, realiza exposição retrospectiva no Museu de
Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, organizada por Pietro Maria
Bardi, com destaque aos seus trabalhos mais recentes. Em meados dos anos
1960, sua produção retoma a figuração em representações femininas, de
bichos ou animais fantásticos. Realiza, em 1984, painéis para o metrô do Recife.
Após sua morte, é homenageado pela Associação dos Artistas Plásticos
Profissionais do Recife.
Comentário crítico
A formação artística de Lula Cardoso
Ayres se inicia cedo, aos 12 anos, trabalhando como ajudante do artista
alemão Heinrich Moser no Recife, com quem adquire os primeiros
conhecimentos das técnicas artísticas.
Viaja por Paris por um ano, e
ao retornar, em 1926, aprimora sua formação estudando com Carlos
Chambelland, e dessa experiência recorda dos exercícios de desenho com
modelos de gesso, que lhe conferem o domínio dos meios-tons na representação dos
volumes.
Sua inserção profissional no meio das
artes se dá inicialmente através da ilustração, atividade que exerce com
intensidade nos anos 1930 no Rio de Janeiro, e retoma na década de 1940 no
Recife. Em sua produção gráfica carioca, que frequentemente retrata a figura
feminina e as novas conquistas da modernidade, nota-se a influência do art
déco.
Em 1931, produz a ambientação para o
espetáculo O Espelho de Próspero,
sendo responsável pela criação dos painéis, escolha dos móveis e decoração. O
partido não realista e subjetivo de sua cenografia, uma ousadia para os padrões
da época, desperta o interesse de teatrólogos como Paschoal Carlos Magno e
Renato Viana, que publicam comentários elogiosos a respeito do artista na
imprensa. Outro trabalho que realiza nesse campo é a pintura de um grande
painel para o carnaval do Clube Internacional do Recife, em 1941, em que
retrata cenas do maracatu, do cortejo de reis e outras folias populares.
Em seu processo de pesquisa artística,
Ayres começa a realizar fotografias sobre diversos aspectos da vida das
populações rurais. No decorrer dos anos 1930 e 1940, intensifica o
interesse antropológico por modos de vida e rituais, em parte estimulado pela
convivência com o poeta Ascenso Ferreira e o sociólogo Gilberto Freyre. Produz
grande quantidade de fotografias e também diversos desenhos de manifestações
como o bumba meu boi, o maracatu, o carnaval, os rituais do candomblé e de
populações indígenas. Parte das fotografias hoje integra o acervo do Museu do
Homem do Nordeste.
De sua vivência no interior de
Pernambuco, se interessa acima de tudo pela cerâmica popular. Ao tomar contato
com essa produção, procura transferir para o desenho e a pintura as cores e
formas das esculturas de barro. Os primeiros desenhos realizados buscando
representar a forma e a constituição dos bonecos de barro datam de 1940. Para o
crítico Clarival do Prado Valladares, autor de um cuidadoso estudo sobre o
artista, a descoberta da cerâmica popular orienta grandemente a produção
de Ayres, e é o caminho pelo qual ele se aproxima do cubismo
sintético. Tal referência à cerâmica pode ser notada nas formas maciças da
figura humana, nos volumes arredondados da vegetação e na estaticidade dos
bichos em trabalhos como os óleos sobre tela Representação
do Bumba-Meu-Boi e Noivado
no Copiar e
nas aquarelas Bolo de Noiva e Passeio
a Cavalo,
todos de 1943.
Em um conjunto de trabalhos, produzidos
entre 1945 e 1946, Ayres explora as fantasmagorias e assombrações. Tal
universo, que remete as narrativas e crenças populares do Recife, aparece em
obras como Capela Mal Assombrada,Sofá
Mal-Assombrado, Vestindo
a Noiva e Enterro,
entre outras.
Sua produção pictórica, de meados ao fim
dos anos 1940, é marcada por telas com temática social, representando figuras e
paisagens regionais, como Retirantes, Meninas
Pedindo Esmola, Cego
Violeiro,
todas de 1947, presentes na retrospectiva do Itamaraty realizada na década de
1970, ressaltando essa faceta do artista. Figuras do carnaval recifense,
do frevo, do maracatu, do bumba meu boi, e cortadores de cana são
frequentemente retratadas em suas pinturas.
No início da década de 1950, sua
produção caminha para o abstracionismo, mas sem abrir mão totalmente da
figuração. Tal mudança de linguagem explica-se em parte pelo impacto,
reconhecido pelo artista, da realização das primeiras Bienais de São Paulo. As
telas Ex-Votos e Três
Ex-Votos,
elaboradas em 1951, são exemplos da solução particular explorada pelo artista
nessa fase, que trabalha sobre a figura, pretendendo chegar a sua síntese. Em
trabalhos em têmpera, como Dançarinas ou Pássaro
Vermelho,
ambos de 1952, as cores ganham relevância sobre o desenho. Em telas como Rei
e Rainha do Maracatu,
de 1959, o artista alcança a síntese das figuras por meio da esquematização
geométrica. Ayres volta ao tema em Rainha do Maracatu, de
1972, óleo sobre tela pertencente ao Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand - Masp, com um tratamento mais figurativo.
No decorrer da década
seguinte, Ayres pinta novamente figuras femininas misteriosas, em telas
como Vulto
na Porta eMulheres
com Manto,
produzidas em 1964. Nos anos 1970, dedica-se principalmente a pintar a figura
feminina da mulata e da morena, em telas como Cabeça
de Mulata, de
1970, na qual a mulher é retratada com olhos vazados e volumosos cabelos
compridos.
A partir de meados dos anos
1970, produz diversas pinturas em que surgem bichos imaginários usando
tinta acrílica. Nesses trabalhos, emprega cores fortes e contrastantes e largos
contornos em preto que dão forma a bichos, como pássaros, emas, bois e outros
seres inventados.
A grande maioria de seus trabalhos pode
ser vista no Instituto Cultural Lula Cardoso Ayres, em Jaboatão de Guararapes,
Pernambuco. Criado em 1993 por iniciativa da família, o instituto
tem no acervo mais de 300 obras do artista, entre pinturas, desenhos,
fotografias, ilustrações e trabalhos gráficos, estudos e projetos de suas
cenografias e murais.
Vicente do Rego Monteiro
Vicente do Rego Monteiro
Biografia
}Vicente
do Rego Monteiro (Recife PE 1899 - idem 1970). Pintor, escultor, desenhista,
ilustrador, artista gráfico. Inicia estudos artísticos em 1908,
acompanhando sua irmã Fedora
do Rego Monteiro (1889 - 1975) em
cursos da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Em 1911,
viaja com a família para França, onde freqüenta as Academias Colarossi, Julian
e de La Grande Chaumière. Participa do Salon des Indépendants, em 1913, do qual
se torna membro societário. Em Paris, mantém contato com Amedeo Modigliani
(1884 - 1920), Fernand Léger (1881 - 1955), Georges Braque (1882 - 1963), Joán
Miró (1893 - 1983), Albert Gleizes (1881 - 1953), Jean Metzinger (1883 -
1956) e Louis Marcoussis (1883 - 1941). No início da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), deixa a França, com sua família, e se estabelece no Rio de
Janeiro, em 1915.
}Em
1918, realiza a primeira individual, no Teatro Santa Isabel, no Recife, e dois
anos mais tarde expõe pela primeira vez em São Paulo, onde entra em
contato com Di
Cavalcanti (1897 - 1976), Anita
Malfatti (1889 - 1964), Pedro
Alexandrino (1856 - 1942) e Victor
Brecheret (1894 - 1955). Em 1920, estuda a arte
marajoara das coleções do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Movido por uma
grande paixão pela dança, realiza em 1921 o espetáculo Lendas, Crenças e Talismãs dos Índios do
Amazonas, no Teatro Trianon, Rio de Janeiro,
elogiado pelo poeta e crítico Ronald de Carvalho (1893 - 1935). Viaja para
França, deixando oito óleos e aquarelas para serem expostos na Semana de
Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Em 1923, faz desenhos de máscaras e
figurinos para o balé Legendes Indiennes de L'Amazonie.
Integra-se ao grupo de artistas da galeria e revista L´Effort Moderne,
de Leonce Rosemberg.
}Traz
ao Brasil a exposição A Escola de Paris,
exibida no Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Decora a Capela do Brasil
no Pavilhão Vaticano da Exposição Internacional de Paris, em 1937. Em 1946,
funda a Editora La Presse à Bras, dedicada à publicação de poesias brasileiras
e francesas. A partir 1941, publica seus primeiros versos, Poemas de Bolso,
organiza e promove vários salões e congressos de poesia no Brasil e na França.
Retorna ao Brasil, e dá aulas de pintura na Escola de Belas Artes da
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, em 1957 e 1966. Em 1960, recebe o
Prêmio Guillaume Apollinaire pelos sonetos reunidos no livro Broussais - La Charité.
Entre 1966 e 1968, dá aulas no Instituto Central de Artes da Universidade de
Brasília - UnB.
Comentário
Crítico
}Vicente
do Rego Monteiro nasce no Recife e muda-se para o Rio de Janeiro em 1908.
Nesse ano inicia os estudos artísticos, acompanhando a irmã Fedora
do Rego Monteiro (1889 - 1975) na
Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em 1911, a família muda-se para
Paris, onde o artista freqüenta os cursos livres da Académie
Colarossi e estuda desenho, pintura e escultura nas Académies Julien
e La Grande Chaumière. Volta ao Rio de Janeiro em 1915, devido à Primeira
Guerra Mundial (1914-1918). No início da carreira, dedica-se brevemente à
escultura. Em 1920, realiza exposição de desenhos e aquarelas, apresentada
em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Nessa mostra, já revela o interesse
pelas lendas e costumes da Amazônia, que se tornam inspiração para grande parte
de suas obras. Estuda atentamente as coleções de cerâmica marajoara do Museu
Nacional da Quinta da Boa Vista.
}Nesse
período estabelece contato com artistas ligados ao movimento modernista: Anita
Malfatti (1889 - 1964), Victor
Brecheret (1894 - 1955) e Di
Cavalcanti (1897 - 1976). Viaja para a França em 1921 e deixa
algumas pinturas com o crítico e poeta Ronald de Carvalho (1893 - 1935), que
decide incluí-las na seleção de obras expostas na Semana de Arte Moderna,
de 1922. No início da década de 1920, produz aquarelas nas quais representa
lendas indígenas, recorrendo à figuração geométrica e também à ornamentação da
cerâmica marajoara, como em Mani
Oca e O Boto (ambas
de 1921). Retorna nesse ano a Paris, onde convive com os artistas Victor
Brecheret e Antonio
Gomide (1895 - 1967), com os quais compartilha o interesse
pelas estilizações formais do art deco.
Na obra A Caçada (1923)
o pintor utiliza o recurso de estilização das figuras, que apresentam certa
tensão muscular e assumem o aspecto de engrenagens, tendo as obras de Fernand
Léger (1881 - 1955) como parâmetro.
}Preocupado
em adaptar temas tradicionais da arte sacra a uma linguagem moderna
produz Pietá (1924),
a qual se destaca pela aparência plástica de relevo e pelo uso de uma gama
cromática reduzida, recorrente em sua obra: nuances de ocre, cinza e marrom. O
quadro A Crucifixão (1924)
apresenta dramáticos efeitos de claro-escuro e é estruturado por meio do
rigoroso jogo de linhas horizontais e verticais. Na obra A Santa Ceia (1925)
as figuras remetem à arte egípcia e o espaço é ordenado por seções geométricas.
Nessa obra, os tons neutros, trabalhados em leves gradações, conferem ao quadro
caráter bidimensional.
}O
artista revela preocupação com o tema social em Os Calceteiros (1924),
mais especificamente com o mundo dos trabalhadores. Dedica-se também às figuras
de crianças, muitas vezes representadas ao lado de animais, como em O Menino e os Bichos (1925).
}Realizada
no mesmo ano, a tela O Urso é
construída por meio de linhas curvas, que se dispõem ritmicamente no espaço e
revelam a admiração pelas formas orgânicas e sintéticas do escultor romeno
Constantin Brancusi (1876 - 1957). Já em O
Atirador de Arco (1925), inspira-se na representação
do índio realizada anteriormente por Debret (1768
- 1848). Nessa obra as tensões criadas pela
envergadura do arco ecoam em uma sucessão de ondas, em espaço próximo ao
do relevo.
}Como
nota o historiador Walter Zanini, a década de 1920 foi o período mais produtivo
do artista. Na década seguinte, afasta-se da pintura e dedica-se principalmente
à ilustração. Em 1930, traz para o Recife uma exposição de artistas da
Escola de Paris, que inclui, entre outros, quadros de Pablo Picasso (1881 -
1973), Georges Braque (1882 - 1963), Joan Miró (1893 - 1983), Gino Severini
(1883 - 1966), Fernand Léger e suas próprias obras.
}Essa
exposição é importante por ser a primeira mostra internacional de arte moderna
realizada no Brasil, com artistas ligados às grandes inovações nas artes
plásticas, como o cubismo e
o surrealismo.
Ao ser apresentada em São Paulo, a mostra foi acrescida de telas de Tarsila
do Amaral (1886 - 1973), que o artista conhecera em Paris na
década anterior.
}Rego
Monteiro, ao longo da carreira, alterna temporadas entre o Brasil e a França.
Elabora a parte gráfica e realiza ilustrações para as revistas Renovação e Fronteiras.
Poeta e tradutor, incentiva jovens escritores publicando seus textos nessas
revistas. A partir da década de 1950, volta a dedicar-se com maior intensidade
à pintura, tornando mais constantes em suas obras temas regionais
como, em O Vaqueiro (ca.1963)
e O Aguardenteiro (fim
da década de 1950). Mantém-se fiel à fatura do início da carreira, utilizando
grande simplificação formal e uma gama cromática reduzida, às quais alia
interpretação monumental do art deco. No fim de sua vida, destaca-se a sua
importante atuação como professor de pintura na Escola Nacional de Belas Artes
da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, atividade que exerce de 1957
a 1966.
Anita
Malfatti
Introdução
Anita Malfatti foi uma importante e
famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu na cidade de
São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de
novembro de 1964.
Vida
e obra
Anita
Malfatti era filha de Bety Malfatti (norte-americana de
origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e
nos Estados Unidos (estudou na Independent School
of
Art
em Nova Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com
o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato
com o movimento modernista.
Em
1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser
inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As obras de Anita, que retratavam
principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou
desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras.
Em 1922, junto com seu amigo Mario
de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos
Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de
Andrade e Menotti del Picchia.
Entre os anos de 1923 e 1928 foi
morar em Paris. Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na
Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do
Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a
lecionar desenho nas dependências de sua casa.
Principais
obras de Anita Malfatti
Arvoredo
Cândido Portinari
•Cândido
Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista
nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de
dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política.
•Durante sua
trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou
muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus
estudos.
•No ano de 1935
ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste
momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida.
•Dentre suas
obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco
de Assis" e Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu auto-retrato, o retrato de
sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.
•No dia seis de
fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e
aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse
reconhecido entre outros países. A morte de Cândido Portinari teve como causa
aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas
tintas.
Características principais de
suas obras:
•Retratou
questões sociais do Brasil;
•- Utilizou
alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;
•- Suas obras
de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;
•- Arte
figurativa, valorizando as tradições da pintura.
Principais obras de Portinari:
Kandinsky
•Wassily Kandinsky, o
pioneiro do abstracionismo nas Artes Plásticas, nasceu na cidade de Moscou, em
16 de dezembro de 1866. Filho de pais divorciados, ele foi educado pela tia,
optando a princípio pela música, que posteriormente refletirá em seu trabalho
como pintor, pois ela lhe confere noções essenciais de harmonia e evolução. Kandinsky
seguiu inicialmente as trilhas acadêmicas, formou-se em Direito e Economia na
Universidade de Moscou, mas logo depois desistiu desta profissão, encontrando
finalmente seu destino nas veredas das artes visuais, ao se apaixonar por uma
tela de Monet.
•O
artista começou a estudar pintura em Munique - nesta época considerada como um
centro artístico -, na escola de Anton Ažbè, mas Kandinsky desencantou-se com esta prática
artística, pois tinha uma predileção especial por paisagens. Suas primeiras
obras refletiam um toque musical e expressavam também temas do folclore russo.
Nesse período, Kandinsky
conheceu o pintor Paul Klee,
dando início a uma grande amizade. No ateliê do Professor Von Stuck
ele permanece até 1900; um ano depois o artista funda a Phalanx
(Falange), um grupo de artistas, entre eles Stern, Hüsgen, Hecker e Klee.
Pouco tempo depois esta associação encerra suas atividades por carência de
alunos, mas suas sementes frutificam posteriormente com o nascimento da Nova
Associação dos Artistas de Munique (NKVM). Nesta mesma ocasião, Kandinsky
inova ao pintar sobre vidro, técnica inspirada na cultura da Bavária.
•Na
etapa ainda figurativa do artista, a tela "O Cavaleiro Azul (1903)"
reproduz um personagem dos contos de fadas, imagem muito comum na infância de Kandinsky,
simbolizando o combate entre o bem e o mal, luta e transformação. Este tema se
repete nesta fase do pintor. Em 1908, retorna a Munique, onde edita o ensaio
"Do Espiritual na Arte", em 1911, no qual apresenta a arte como
expressão de um imperativo interior. Nesta década, o pintor realiza os
primeiros trabalhos não figurativos, tornando-se assim o primeiro artista no
Ocidente a criar uma pintura abstrata. Ele libera as artes plásticas das
cadeias convencionais a que elas se prendiam. Com sua atitude inovadora,
influencia profundamente não só esta esfera, mas vários outros setores
artísticos.
•Em
1912, a famosa tela acima citada dá nome a um almanaque – Der Blaue Reiter (O
Cavaleiro Azul) – e ao primeiro grupo expressionista, de teor lírico, comparado
ao caminho mais dramático do grupo Die Brücke, também expressionista. Durante a
Primeira Guerra, o artista refugia-se na Rússia, até 1921. Assim, é testemunha
da Revolução Socialista, e como membro integrante do Comissariado para a
Cultura Popular inaugura vários museus e reconstitui a Academia de Belas Artes
de Moscou. A partir de 1922, Kandinsky se torna professor da Bauhaus. Porém, em
1933, esta é fechada pelos nazistas e os trabalhos do pintor são apreendidos em
1937.
•Kandinsky
foge então para a França e vive em Paris durante um ano, adotando depois a
nacionalidade francesa. Nesta cidade ele toma contato com as artes aplicadas –
estilo artístico de teor utilitarista, contraposto à arte pela arte - e
gráficas, especialmente com o fauvismo,
movimento que explora ao máximo o uso das cores nas representações pictóricas.
Em Paris, como consequência dos tempos de guerra, Kandinsky
sofre com a penúria destes tempos, mas não perde o vigor artístico e prossegue
em suas pesquisas. Sua obra, porém, não reflete os vestígios da guerra.
•Em
1940, o artista conclui a execução de seu último grande trabalho, “À Volta do
Círculo”. Kandinsky
continua a pintar pequenos cartões, apesar de estar acometido por uma
arteriosclerose, da qual vem a falecer no dia 13 de dezembro de 1944, em Neuilly-sur-Seine,
aos 78 anos de idade.
Georges Braque
*Georges Braque foi um escultor, gravurista e pintor
modernista francês. É considerado um dos principais representantes do cubismo
na França.
*Embora seja reconhecido como um expoente
da pintura cubista, Braque,
no começo de sua carreira artística se destacou com paisagens fauvistas.
*Georges Braque nasceu na cidade francesa de Argentuil,
em 13 de maio de 1882. Faleceu em Paris, no dia 31 de agosto de 1963.
Características de seu estilo
artístico (pintura):
*-
Pintura de naturezas-mortas.
*-
Entre os principais temas preferidos, podemos citar: pássaros, paisagens, mesas
de bilhar e interiores.
*-
Retratação de temas abstratos e complexos.
*- É
o inventor da técnica do papel colado (papier
collé).
Esta técnica consistia na colagem de pedaços de papel na tela.
*-
Representação, em suas pinturas, de temas simples e cotidianos.
*-
Uso de ornamentos, texturas e cores sutis (características típicas de seus
trabalhos nas décadas de 1930 e 1940).
Principais obras de Georges Braque:
Igor
Stravinski
"O Pássaro de Fogo" foi criado
em 1910. É um belo poema sinfônico composto por Igor Fiodorovitch Stravinski.
Quase cem anos depois, sua música exuberante ainda conquista vastas platéias no
mundo todo. Se alguém quiser ouvi-la no cinema, é só assistir a uma das sessões
do filme de animação "Fantasia 2000", em que os sons de Stravinski
estão associados às mágicas imagens criadas pelos estúdios Disney.
Filho de um cantor da Ópera Imperial e de
uma pianista, Igor Stravinski
começou a estudar música aos nove anos. Estudou direito na Universidade de São
Petersburgo, mas nunca chegou a exercer a profissão de
jurista.
Estudou música com o compositor Rimski-Korsakov, que o apresentou ao coreógrafo Diaghilev, para quem compôs os balés "Pássaro de Fogo" e "Petrushka", em 1910 e 1911, respectivamente. O colorido e o dinamismo das novas composições causaram um vivo impacto no público.
Estudou música com o compositor Rimski-Korsakov, que o apresentou ao coreógrafo Diaghilev, para quem compôs os balés "Pássaro de Fogo" e "Petrushka", em 1910 e 1911, respectivamente. O colorido e o dinamismo das novas composições causaram um vivo impacto no público.
Em
1913, a estréia de
"Sagração da Primavera" não obteve o mesmo êxito. Com coreografia de Nijinski, a
obra apresentava dissonâncias de difícil assimilação para o público. Sua
primeira ópera, "O Rouxinol", foi composta em 1914.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Stravinski foi para a Suíça, onde compôs "História de um Soldado" e "Ragtime".
Com a Revolução de 1917, Igor Stravinski abandonou a Rússia. Estabeleceu-se na França, apresentando-se como concertista e regente. No começo da década de 1920, casou-se com a atriz Vera de Bosset Soudeikini.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Stravinski foi para a Suíça, onde compôs "História de um Soldado" e "Ragtime".
Com a Revolução de 1917, Igor Stravinski abandonou a Rússia. Estabeleceu-se na França, apresentando-se como concertista e regente. No começo da década de 1920, casou-se com a atriz Vera de Bosset Soudeikini.
Stravinski passou a compor num particular estilo
neoclássico. São dessa época a ópera-oratório "Édipo-Rei", com texto
em latim, e o melodrama "Perséfone", com texto de André
Gide.
Em 1939, Stravinski foi morar nos Estados Unidos, onde criou muitas composições sob encomenda. Nos anos 1950, adotou as técnicas musicais de Schoenberg e de Anton Von Webern. Criou a cantata Threni, em 1958, e no ano seguinte "Movimentos para piano e orquestra".
Stravinski realizou sua última gravação em 1967, já com a saúde abalada. Morreu em 1971, aos 88 anos.
Em 1939, Stravinski foi morar nos Estados Unidos, onde criou muitas composições sob encomenda. Nos anos 1950, adotou as técnicas musicais de Schoenberg e de Anton Von Webern. Criou a cantata Threni, em 1958, e no ano seguinte "Movimentos para piano e orquestra".
Stravinski realizou sua última gravação em 1967, já com a saúde abalada. Morreu em 1971, aos 88 anos.
Le Corbusier
¡Le
Corbusier é o sobrenome profissional de Charles Edouard
Jeanneret-Gris,
considerado a figura mais importante da arquitetura moderna. Estudou artes e
ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no
estúdio parisiense de Auguste Perret,
na França. Viajou para a Alemanha onde colaborou com nomes famosos da
arquitetura naquele país, como Peter Behrens.
¡Le
Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon
e outros edifícios da Grécia antiga. Ficou impressionado com o uso da razão
áurea pelos gregos clássicos. O livro "Vers
une Architecture"
mostra uma nova forma da arquitetura baseada em muitos edifícios antigos que
incorporam a razão
áurea,
uma proporção matemática considerada harmônica e agradável à visão.
O livro "Vers une Architecture"
¡Para
o arquiteto, o tamanho padrão do homem era 1,83m. Baseado nisso, em números do
matemático Fibonacci (1170-1250) e na razão áurea dos gregos antigos, criou uma
série de medidas proporcionais, o Modulor,
que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso
para orientar os seus projetos e suas pinturas.
¡Tinha
35 anos quando se associou a seu primo, o engenheiro Pierre Jeanneret,
em Paris. Foi quando adotou de vez o pseudônimo profissional de Le Corbusier (o
corvo, adaptado do sobrenome de sua bisavó Lecorbésier).
¡Embora
sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na
pintura e na teoria artística. Como pintor, ajudou a fundar o movimento
purista, uma corrente derivada do cubismo, nos anos 1920. Na revista francesa
"L'Esprit
Nouveau" (O espírito novo), publicou numerosos artigos com suas teorias
arquitetônicas.
As
primeiras pinturas de Le Corbusier, foram puristas, apareceu objetos depurado
de tipo de desenho, elevação e recortado. Nestas pinturas, a "forma e
objeto" relação foi destruído em favor da relação "forma pela
forma." Em algum momento deste racionalismo se perdeu na mudança de
funções. A silhueta é o que caracteriza o objeto, a homogeneidade das
coisas.
¡Uma
de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o
entendimento da casa como uma máquina de habitar (machine
à habiter),
em concordância com os avanços industriais. Sua principal preocupação era a
funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas. Definiu a
arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada
na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes
dimensões e outros produtos artificiais.
¡Uma
de suas preocupações constantes foi a necessidade de uma nova planificação
urbana, mais adequada à vida moderna. Suas ideias tiveram grande repercussão no
urbanismo do século 20. Foi o autor do Plano Obus, para reurbanizar Argel,
capital da Argélia, e de todo o planejamento urbano de Chandigarh,
cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab.
O edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York, foi desenhado por Le Corbusier, pelo brasileiro Oscar Niemeyer e pelo inglês Sir Howard Robertson, em 1947.
O edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York, foi desenhado por Le Corbusier, pelo brasileiro Oscar Niemeyer e pelo inglês Sir Howard Robertson, em 1947.
¡Aos
78 anos, Le Corbusier morreu afogado no mar Mediterrâneo. Oito anos antes,
havia feito o projeto de seu túmulo, que foi construído imediatamente após a
sua morte.
Planta
de Chandigarh
Projetada
O
edifício sede das nações Unidas (ONU), em Nova York
Man
Ray
•Ray
foi um dos pais do movimento dadaísta em Nova York. Trabalhou com diferentes
artes – além de pintar, foi autor de colagens, filmes e fotografias
experimentais. Desde 1921 até seu regresso forçado aos Estados Unidos em 1940,
viveu em Paris, onde realizou sobretudo obras surrealistas e trabalhou como
fotógrafo. Suas esculturas, criadas a partir de objetos cotidianos, despertam
no espectador uma sensação de estranheza que pode atingir o absurdo. Como
fotógrafo, dedicou-se tanto à fotografia de tipo experimental quanto à de moda
ou aos retratos, com os quais se converteu no cronista da vanguarda artística
de Paris nos anos 20 e 30. São obras importantes dessa época o retrato de
Gertrude Stein diante de um quadro de Picasso (1922), bem como as fotografias
de Meret Oppenheim (1933) e Henri Matisse (1926). Em
1938, participou na exposição surrealista internacional que se realizou em
Paris. De volta à capital francesa em 1950, tornou a expor. Em 1972, o Museu de
Arte de Filadélfia dedicou-lhe uma retrospectiva.
Fontes
}https://br.pinterest.com/pin/432978951655047368/
http://noticias.universia.com.br/tempo-livre/noticia/2012/10/11/974151/conheca-boba-anita-malfatti.html
http://noticias.universia.com.br/tempo-livre/noticia/2012/01/25/907191/conheca-homem-sete-cores-anita-malfatti.html
http://virusdaarte.net/anita-malfatti-interior-de-monaco/
•http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/01/23/906429/conheca-lavrador-cafe-candido-portinari.html
•http://obviousmag.org/pintores-brasileiros/candido_portinari/as-principais-obras-de-candido-portinari.html
•http://www.doispensamentos.com.br/site/?p=61
http://www.infoescola.com/literatura/modernismo/
http://www.infoescola.com/literatura/modernismo/
•http://www.arteduca.unb.br/galeria/mostra-bauhaus/a-volta-do-circulo-1940-oleo-s-tela
*http://www.metmuseum.org/art/libraries-and-research-centers/leonard-lauder-research-center/cubist-collection/a-closer-look/braque-bottle-of-rum
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